Há um tratamento na Tailândia que pode dar uma nova vida à pequena Carlota.
Carlota tem quatro anos, sofre de paralisia cerebral, com hemiparesia à direita, no entanto com o crescimento os pais começaram a perceber que o problema se estende também à esquerda. “O simples gesto de pegar no pão, pintar, não tem tanta sensibilidade”, explicou a mãe, que desde que Carlota nasceu, deixou de trabalhar para acompanhar a filha e encarar uma luta de angariação de fundos, para que a Carlota tenha uma vida mais digna. A menina não anda, não fala, apenas se arrasta e emite sons, uma forma que encontra também para manifestar carinho e vontades.
Logo que nasceu os pais perceberam que algo não estava bem, no entanto, só aos oito meses tiveram confirmação, após a menina ter sido internada com epilepsia. “Não virava a cabeça, tinha um choro de dor”, lembra a mãe.
Após o diagnóstico, surgiu a fase de aceitação: “Mudámos a nossa vida, cortamos todos os gastos supérfluos, como ir à cabeleireira, ou jantar fora, foi instintivo. Quando achava que nunca seria capaz de reagir, surpreendi-me a mim própria”.
Há uma onda solidária, em Vila Nova de Sande, concelho de Guimarães, em torno de Carlota. E a principal ajuda tem vindo dos mais jovens. “Vamos lutar sempre e estipulei um objetivo, deixar a Carlota o mais autónoma possível quando eu e o pai morrermos”, disse Sónia Silva.
Atualmente a família encontra-se com campanha de tampinhas para ir angariando verba para as terapias de Carlota. “E neste processo é muito difícil não desistir só com os amigos é que conseguimos”, refere.
A Carlota necessita de um tratamento com células tronco, em Bangkok, na Tailândia.
O tratamento será feito num mês, de 15 de março a 10 de abril e a família tem que pagar 35 mil euros até dia 10 de março. “Já conhecia o tratamento e há uma possibilidade muito grande da Carlota reagir porque se trata da inserção de 60 milhões de células nos braços e na medula. “Eles só aceitam casos tratáveis e de sucesso praticamente garantido, ou seja, pode dar condições de recuperação a Carlota, que tem uma força de vontade muito grande. Ela é que nos dá força e é uma menina muito acarinhada, dinamiza onde quer que passe”, refere Sónia Silva.
Sónia Silva deslocou-se à Rádio Vizela e ao RVJornal para apelar aos corações dos vizelenses e agradecer-lhes também o ato de solidariedade que tiveram quando se disponibilizaram para apanhar, na Av. Engenheiro Sá e Melo, milhares de tampinhas de plástico que Sónia Silva transportava em prol da filha, que caíram na via pública há uns meses. O apelo é extensível a todos, de acordo com a possibilidade de cada um. “Deixo também um apelo aos empresários da região para que nos ajudem nesta caminhada e nesta luta contra o tempo”, rematou Sónia Silva. Os interessados em contribuir, podem entrar em contacto com a família (Mãe: 935088419) ou efetuar transferência multibanco (IBAN: PT50003502710001820380026).